A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (17), a oitava fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.
Naquela data, os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados.Os policiais federais cumprem 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva no Rio Grande do Sul e nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, São Paulo e no Distrito Federal. De acordo com o Correio do Povo, há ações em Santa Maria e nas cidades de Passo Fundo e Nova Santa Rita.
Ainda segundo o jornal, entre os alvos da operação está uma mulher apontada como responsável por pichar a estátua da Justiça localizada em frente ao STF com a frase “perdeu, mané”, em referência à resposta do ministro Luís Roberto Barroso a bolsonaristas que o hostilizaram durante viagem aos Estados Unidos, em 2022.
As ordens de prisão os mandados de busca e apreensão foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, principal responsável pelas investigações contra os atos de 8 de janeiro. Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.
Liberdade
Neste mês, o ministro Alexandre de Moraes mandou libertar pelo menos oito dos 12 santa-marienses que presos em Brasília suspeitos de participação nos ataques aos prédios dos Três Poderes. No entanto, eles seguem sendo investigados e foram obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas, a se apresentar uma vez por semana no Fórum de Santa Maria. Também estão proibidos de usar redes sociais e de manter contato com outros investigados.Moraes aplicou o entendimento de que essas pessoas tiveram condutas menos graves e não representam ameaça ao curso da investigação, podendo responder a denúncia em liberdade.